Por Blog do Planalto (Flickr: Segunda-feira, 18 de junho) [CC-BY-SA-2.0 (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/2.0)], undefined
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Em meio a escandalosa invasão russa à Criméia, o governo Dilma ainda não se pronunciou. Desde o dia 1 de Março que a Embaixada da Ucrânia e o consulado enviam pedidos para que a presidenta Dilma Rousseff se pronuncie em condenação a invasão de seu aliado mais poderoso. Apesar dos apelos da Embaixada que ganharam adesão de mais de 500 mil ucranianos que vivem no sul do Brasil, nenhuma palavra foi pronunciada até este momento mais tenso, em que a Criméia passa a ser propriedade da Federação Russa e a Ucrânia lesada e descapitalizada se vê forçada a ir para um confronto qualquer. Kyev sem forças busca reação desesperada contra a Rússia sem que tenha recursos até para organizar a defesa das fronteiras, que vão sendo literalmente entregues às poderosas forças de colonização russas.

Embaixada da Ucrânia no Brasil pede socorro mas Dilma não escuta - 17-03-2014
Embaixada da Ucrânia no Brasil pede socorro mas Dilma não escuta – 17-03-2014

No site da Embaixada ucraniana no Brasil, uma mensagem de alerta pisca silenciosamente. Tão silenciosamente quanto a reação ucraniana para a invasão russa. Tudo o que o enfraquecido governo pode fazer neste momento é pedir socorro. Ajuda à comunidade internacional, à União Européia, aos Estados Unidos e ao Brasil… Mas até o momento nada mudou em seu favor. A sanções anunciadas pelo mundo à fora poderão impedir ao menos a progressão da colonização desenfreada de Moscow?

Quando as primeiras sanções da Comunidade internacional foram decretadas contra o governo da Síria, o ex-lider iraniano Ahmadnejad disse a Assad: “Você vai descobrir que pode conviver com as sanções. Eu convivo com elas há 27 anos. Elas não servem para nada!” Foi por esta razão que o ditador Al-Assad perdeu o medo das sanções e intensificou os ataques armados contra os manifestantes desarmados. Moral da história? Os massacres na Síria já completaram neste sábado 3 anos, Al-Assad continua comprando e vendendo no mercado negro e continua matando em larga escala!

O Brasil enrolado até o pescoço com as ditaduras comunistas, jamais se pronunciará contra um membro do BRICS, e seu silêncio tem muito mais à ver com seus acordos comerciais que com o sentimento de justiça.  Mas com a escalada da colonização russa e o sucateamento das forças armadas no Brasil, será que se a Rússia decidir colonizar nossas terras, pedirá permissão para nós em um referendo democrático e justo?

A história já tem tudo registrado e o governo Dilma está cego na questão de defender certos parceiros só porque ele defende as mesmas ideologias, neste caso o comunismo.  Em meio ao desespero da Ucrânia,só resta ao mundo oferecer algum tipo de ajuda, afinal aqueles que votaram cegamente por acreditar que a Rússia vai mesmo investir 3 Bilhões só na Criméia, vão logo estar se unindo ao povo da Síria para pedir socorro. Só em função do referendo, as Sanções da União Européia sendo anunciadas para este dia 18 de Março de 2014, já elevaram os preços do combustível na Rússia. Daqui pra frente o arrocho será maior ainda e talvez Putin não tenha dinheiro nem para devolver para a Ucrânia os prejuízos causados pela ocupação esbaforida e estragos em suas bases militares.

Na página da Embaixada da Ucrânia no Brasil, a declaração do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia condenando a invasão russa. A declaração datada em 11 de Março pouco fez. Para o governo Dilma, parece que os problemas da Ucrânia são muito pequenos em relação ao desenvolvimento comercial que a relação Rússia-Brasil pode oferecer. A prova de que este pensamento é errado, é que nesta semana que passou, quando Barack Obama se declarou contra a interferência russa na Ucrânia, Putin respondeu: “Este não é um assunto seu. Não se preocupe, nossas relações comerciais não serão afetadas.